Agroecologia na América Latina – Um futuro necessário

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Editorial

A agroecologia tem crescido em todo o mundo, mas é na América Latina que suas experiências estão mais fortes e consolidadas. Poucos fenômenos são tão fundamentalmente latino-americanas quanto a agroecologia. Em reconhecimento à importância dessa ciência, movimento social e acervo de práticas que condensa inúmeras experiências revolucionárias e de resistência na América Latina, a Fundação Heinrich Boll decidiu produzir sua primeira publicação própria unindo esforços de todos seus escritórios latino-americanos. Foi uma longa trajetória de reuniões e levantamentos de experiências com parceiros que atuam na cena agroecológica em diferentes países.

O resultado é o dossiê “Agroecologia na América Latina”, cujos artigos exploram as diferentes dimensões que, como um sistema agroflorestal, se consorciam na formação da prática agroecológica. A maioria dos artigos foi escrita por múltiplas mãos, que juntas extrapolaram as fronteiras nacionais para sistematizar exemplos que provam a força da agroecologia no combate ao avanço de outras fronteiras: agrárias, minerárias, energéticas, madeireiras. No resultado, fica evidente o protagonismo das comunidades camponesas, indígenas e quilombolas em um processo de manutenção e resgate de séculos de saberes científicos, tradicionais e identitários em torno do plantio, da transformação de alimentos, da preservação das sementes e de outras formas, não predatórias, de se relacionar e habitar os territórios.

Boa leitura,
Annette von Schönfeld, Marcelo Montenegro e Julia Dolce

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Expediente

O dossiê “Agroecologia na América Latina – Um futuro necessário” foi concebido pelo grupo de coordenadores das áreas de justiça socioambiental da Fundação Heinrich Böll, em 2019, tendo passado por muitos debates, investigações, redações e reescritas, além da análise e intervenção por acadêmicos, jornalistas, de diagramadores e muitas outras pessoas que foram consultadas pelas equipes da Fundação Heinrich Böll nos escritórios da América Latina. Por isso, os artigos são uma construção coletiva e não há assinatura de autoria nos textos.

Colaboradores nesta publicação

Funcionários da Fundação Heinrich Böll: Ingrid Hausinger (escritório de San Salvador, América Central), Marcelo Montenegro (escritório do Rio de Janeiro), Emilia Jomalinis Joana Simoni, Maureen Santos (anteriormente escritório do Rio de Janeiro), Dolores Rojas e Jenny Zapata (escritório do México); Natalia Orduz Salinas (ateriormente escritório da Colômbia), Gloria Lilo (anteriormente escritório do Chile), Pablo Arístide (escritório da Argentina).

Colaboração científica: Rodica Weitzman, Marcus Vinicius Branco de Assis Vaz (tradução para o espanhol das informações sobre o Brasil), Dulce Espinosa e Luis Bracamontes (informações sobre o México), Julián Ariza, Irene Mamani Velazco, Henry Picado Cerdas (Costa Rica), Corporación Ecológica y Cultural Penca de Sábila.

Design gráfico e diagramação: Corporación Proyecto NN (Colômbia), Domingos Savio (Brasil).

Edição e correção de testes: Corporación Proyecto NN, Poliana Dallabrida (Brasil), Red de coordinación en biodiversidad (Costa Rica), Pablo Arístide, Joana Simoni, Emília Jomalinis.

Autores convidados: Giuseppe Bandeira, Julia Dolce, Nemo Augusto Moés Côrtes.

Tradução e revisão em português: Rosita Ueno.

Webdesigner: FW2 Agência Digital.

Assistente de Webdesigner: Víctor Ribeiro.

Edição finalizada em 2023 em português: Julia Dolce, Marcelo Montenegro, Annette von Schönfeld – Fundação Heinrich Böll – escritório do Rio de Janeiro.