A pesquisa “Violência e Crime no Cotidiano da Política”, lançada pelo Observatório de Favelas, apresenta dados inéditos sobre violência política entre 2022 e 2025 na Região Metropolitana do Rio de Janeiro e da Baía da Ilha Grande. O estudo foi apoiado pela Fundação Heinrich Böll e desenvolvido em parceria com o Laboratório de Estudos sobre Política e Violência (LEPOV), da Universidade Federal Fluminense (UFF), e o Laboratório de Análise da Violência (LAV), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
Com a movimentação de católicos e evangélicos para elegerem representantes ao Congresso Nacional, o conservadorismo religioso ganhou destaque em trabalhos acadêmicos e na mídia secular. A publicação apresenta entrevistas com lideranças e coletivos nas eleições 2020, trazendo para um público amplo reflexões de atores religiosos, notadamente evangélicos e evangélicas, sobre as eleições 2020.
Acontecimentos recentes lançaram luz sobre a maneira como os militares concebem a região amazônica e nela atuam. Em 2019, por ocasião do aumento vertiginoso das queimadas na Amazônia durante a estação seca, foi decretada uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em toda a Amazônia Legal para direcionar o Exército ao combate às queimadas. Em 2020, foi recriado o Conselho Nacional da Amazônia Legal, comandado pelo vice-presidente Hamilton Mourão, com a participação de 19 militares em sua composição. E novamente foi lançada uma operação “preventiva” de GLO. Observando esses desdobramentos, nos perguntamos: como e quando a Amazônia entra na pauta dos militares?
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No volume “Neoliberalismo, trabalho e democracia” as autoras Clarisse Goulart Paradis, Franciléia Paula de Castro, Mariana Lacerda, Marilane Teixeira, Miriam Nobre, Nalu Faria e Sarah Luiza de Souza Moreira respondem a esse cenário e recuperam as reflexões já elaboradas a partir da economia feminista para analisar as dinâmicas de precarização da sociedade aprofundadas pela covid-19.
As florestas tropicais estão desaparecendo em um ritmo dramático. A Amazônia — ainda a maior floresta do mundo — é um dos focos dessa destruição. Thomas Fatheuer escreve uma avaliação histórica dos 25 anos de fomento da política de floresta tropical pela cooperação internacional. Fatheuer pontua fatores atuais da política amazônica e dos financiadores internacionais, com foco na atuação da Alemanha. Ele apresenta teses para uma nova política florestal, que deve voltar a ser prioridade face à mudança climática e à perda de biodiversidade.
Dafne Melo e Josué Medeiros, pesquisadores do Coletivo Vigência, analisam a chegada ao poder em São Paulo e Rio de Janeiro de João Doria (PSDB) e Marcelo Crivella (PRB). Para os autores, os mandatos significam um reforço da inflexão democrática ainda em curso no Brasil. Tratam-se de projetos e trajetórias que possuem ligações com duas espécies de poderes políticos que são parte do processo social que produz o capitalismo extremo e a captura da democracia: o poder econômico (Doria) e o poder religioso (Crivella).
A sub-representação das mulheres se aprofundou, o que torna o Brasil um caso alarmante quando comparado com o resto do mundo: as mulheres são 52% da população, 52,5% do eleitorado e quase metade das filiadas a partidos políticos, mas são menos de 15% dos representantes, o que nos coloca em 157º lugar no ranking da Inter-Parliamentary Union, composto por 196 países. Foto: Mídia Ninja / CC BY-NC-SA 2.0
O Fórum Grita Baixada e a Rede de Mães e Familiares Vítimas da Violência do Estado da Baixada Fluminense criaram o “Guia de Proteção aos Defensores e Defensoras dos Direitos Humanos da Baixada Fluminense/RJ”. A publicação é uma ferramenta para que defensores de direitos humanos da região da Baixada Fluminense conheçam estratégias para se protegerem.