Religião e Política no Brasil: um breve balanço de pesquisas entre os anos 2013-2023

Manifestantes protestam contra a permanência do dep. Pr. Marco Feliciano (PSC-SP) na presidência da CDHM, durante Audiência Pública, 27/03/2013

É verdade que a religião[1] foi objeto de pesquisa marginal entre sociólogos e cientistas políticos durante algumas décadas do século XX, como podemos observar a partir de artigos de balanço feitos por cientistas sociais da religião desde os anos 1970 (Alves, 1978; Fernandes, 1984; Montero, 1999; Almeida e Montero, 2001; Maluf, 2011; Burity, 2021). No entanto, dinâmicas sociais as mais variadas passaram a ser atravessadas de modo incontornável pelo religioso na forma de símbolos, narrativas, atores, gramáticas e estéticas. Assim, ao estudar meio ambiente, questões urbanas, raciais, de gênero e sexualidade, economia, crime violento, movimento social e política institucional nos deparamos com sujeitos e manifestações religiosas de modo ora mais, ora menos central, mas sua presença se tornou evidente.

Foi então que há 12 anos a Fundação Heinrich Boll procurou o Instituto de Estudos da Religião com o intuito de realizarmos em parceria uma pesquisa sobre as eleições 2010 com foco nos grupos religiosos durante aquela campanha eleitoral. Nesta primeira pesquisa que resultou no livro Religião e política: uma análise da atuação de parlamentares evangélicos sobre direitos das mulheres e de LGBTs no Brasil nossa questão inicial era compreender os mecanismos e técnicas empregados por evangélicos na disputa eleitoral, na vida partidária e em suas atuações no Congresso Nacional. O acompanhamento daquelas eleições e das forças que se organizaram principalmente no apoio à Dilma Rousseff (PT) e a José Serra (PSDB), ambos então candidatos à Presidência da República, foi importante para os primeiros passos da investigação, mas a análise minuciosa da Frente Parlamentar Evangélica (FPE), das ações governamentais de combate à homofobia e as reações a ela e à questão do aborto ganharam força no curso da investigação.

Deste modo, identificamos pioneiramente entre os estudos de sociologia e antropologia da religião que a FPE se organizava em torno de sete eixos/agendas: saúde, educação, questão indígena, questão da mulher, violência contra a criança, questão LGBTQIA+ e pedofilia. Observem que a temática da família não aparecia diretamente, mas era um grande guarda-chuva em termos das preocupações e ações do grupo. Era um tema transversal, digamos. Para acompanhar cada um dos trâmites ligados a esses eixos/agendas, os parlamentares da frente designavam funcionários de seus gabinetes como responsáveis por acompanhar os projetos em tramitação, informar o parlamentar indicado sobre eles, orientar-lhes o voto etc. Outro mecanismo de exercício de poder por parte dos integrantes da FPE era a ocupação coordenada de comissões estratégicas diante de seus interesses temáticos, como a Comissão de Constituição e Justiça (por onde passam regularmente todos os projetos que tramitam no Congresso Nacional), a Comissão de Ciências e Tecnologia (Vital da Cunha, 2017), a Comissão de Direitos Humanos (Vital da Cunha e Lopes, 2012) entre outras. Além do material de mídia e de trabalho de campo no Congresso Nacional, realizamos entrevistas em 2012 com os então deputados federais Jair Bolsonaro, Pastor Marco Feliciano, Bispo Manoel Ferreira, Marta Suplicy, Jean Willys, a secretária da FPE Damares Alves, entre outros e outras.

Por que compreender a atuação de evangélicos na política institucional parecia especialmente importante naquele momento? Uma pergunta que não nos colocaríamos hoje dada a proeminência desses atores na vida pública nacional. Talvez essa pergunta já não fizesse sentido para alguns pesquisadores da religião, estudiosos do posicionamento político de evangélicos desde a Assembleia Constituinte em 1987. No entanto, no âmbito da sociedade civil e dos movimentos sociais, uma perplexidade em relação àquela emergência súbita e inexplicável do religioso prevalecia. Sentimentos de repulsa e rejeição eram dominantes. Esses sentimentos cresciam e culminaram em diferentes reações como, por exemplo, diante da vitória do deputado federal Pastor Marco Feliciano para a Presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal em março de 2013, ano em que lançamos a primeira publicação resultante da parceria entre ISER e hbs (Vital da Cunha e Lopes, 2012). Uma das reações foi a criação do MEEL (Movimento Estratégico pelo Estado Laico)[3]. Naquele momento, a laicidade emergia no movimento social e em partidos de esquerda como um “antídoto” contra o “veneno” que parecia se materializar nas forças religiosas que se pronunciavam na sociedade (com destaque para as evangélicas de perfil conservador). Nesse sentido, as eleições de 2010 e os eventos imediatamente ocorridos na política nacional pareciam inaugurar uma nova atuação de religiosos: ostensiva e mais orgânica, ainda que disputas partidárias (entre PSC e PRB à época) e denominacionais (principalmente a Assembleia de Deus e a Igreja Universal do Reino de Deus) ocorressem no parlamento e na sociedade. 

Este primeiro livro da parceria circulou entre acadêmicos em congressos da área e entre ativistas. Fui pelo Brasil participando de encontros com movimentos de mulheres, LGBTQIA+, religiosos, Movimento dos Sem Terra, secretarias de estado, OAB etc.. Tentávamos, assim, exercitar uma imaginação sociológica gerando dados, informações e análises que pudessem combater medos e apatias e que estimulassem, assim, à participação social[4].

Em Religião e Política: medos sociais, extremismo religioso e eleições 2014 (Vital da Cunha, Lopes & Lui, 2017), segundo livro resultante da parceria entre ISER e hbs, acompanhamos dois processos que correram conjuntamente: a primeira candidatura confessional evangélica à Presidência da República na figura do Pastor Everaldo, assembleiano com longa história nos bastidores da política no estado do Rio de Janeiro; e a candidatura do “bispo licenciado da IURD”[5],  Marcelo Crivella, para o governo do estado do Rio de Janeiro. Uso o termo “confessional” ao me referir à candidatura de Everaldo, pois essa candidatura revelava uma missão ao mesmo tempo partidária (do PSC), denominacional (da Assembleia de Deus) e evangélica.  Ou seja, o lançamento dessa candidatura e parte das reações iniciais a ela resultaram de uma estratégia que levava em conta o fortalecimento público de evangélicos com perfil conservador e fundamentalista no Brasil. Observamos ali a revelação de um perfil conservador nos costumes e na defesa da “tradição brasileira” e, ao mesmo tempo, empresarial, favorável à economia de mercado. Essas características foram identificadas pelo cientista político Adriano Codato relativas ao crescimento e ao perfil da nova direita no país. Com base em dados de uma pesquisa na qual ele analisou mais de 7 mil deputados federais entre 1945 e 2014, afirma: “Em vez do arquétipo do ‘coronel’, do grande proprietário de terras do nordeste, o deputado de direita hoje, tipicamente, é identificado na figura do pastor evangélico do sudeste, e nos comunicadores de rádio e tv [...].  E, em vez de pertencerem a grandes legendas, emergem de pequenas siglas, cuja estratégia bem-sucedida tem pulverizado o sistema partidário. [...] O fenômeno da ‘direita envergonhada’ - presente no Brasil nas últimas três décadas, desde o fim da ditadura militar - parece estar com os dias contados”[6]. A reflexão parece tão atual e já tem quase 10 anos.

Em apoio à candidatura do Pastor Everaldo foi lançada uma carta intitulada “Antes pedintes, hoje negociadores”, assinada por Robson Rodovalho, ex-deputado federal e desde sempre líder da Igreja Sara Nossa Terra. Era notável que a revelação da identidade religiosa foi um recurso central na campanha do Pastor Everaldo, enquanto a estratégia de Marcelo Crivella oscilava entre ocultar sua participação religiosa na IURD em programas eleitorais e nos debates, e revelar sua histórica e consistente contribuição para a formação o império iurdiano quando estava diante de um público evangélico. Além disso, usava um tom de voz ora altivo, comum à alta hierarquia católica, ora tão pacífico que alguns comentavam que ele mais parecia um monge budista diante das técnicas corporais plácidas, da fala pausada em nada similares à expressão corporal frenética de pastores neopentecostais nos púlpitos das igrejas.

Colocar em perspectiva essas duas campanhas nos permitiu observar clivagens nas estratégias de poder de políticos religiosos, partidos e denominações. Nas eleições de 2014 chamava atenção o sentimento de medo e a recorrência no uso da ideia de tradição: não mais a família natural, mas a família tradicional; não mais a referência biológica e até antropológica ao papel da mulher – tal como foi defendido por pastores midiáticos em audiências públicas no Congresso Nacional –, mas o papel tradicional das mulheres que garantiriam a sobrevivência da espécie. Ou seja, um papel fundamental para a vida administrativa e emocional do lar e para a sociedade (como vimos em todas as entrevistas realizadas ao longo desses anos de trabalho de campo).

A tradição opera como um valor social e como uma estratégia de comunicação e produção de rede entre atores religiosos fazendo emergir ou “ressignificando” o grupo dos cristãos (composto por pentecostais, protestantes, católicos e também kardecistas – mas não sempre).

As bases para a emergência de uma Retórica da Perda (Vital da Cunha, 2020) estavam lançadas. Nas eleições de 2014, 74% da população clamava por mudanças, mas não em direção ao futuro (Vital da Cunha, Lopes & Lui, 2017). O desejo dessa maioria era a recuperação de um status quo ante e eram anunciadas em várias direções: na forma de demandas por segurança financeira (empregabilidade) e material (contra a violência urbana), demandas por ordem e o retorno de valores tradicionais. Assim, era possível observar formas de reação ao “globalismo” entre evangélicos em mídias sociais e nos púlpitos denunciando o que seria uma perda de referenciais morais, de compromisso, de valores. Ao mesmo tempo, chamou nossa atenção naquele período a organização (criação e aquecimento) de redes evangélicas progressistas, sobretudo pós-impeachment da presidente Dilma Rousseff.

A parceria entre o ISER e a Fundação Heinrich Böll se atualizou em outras pesquisas que realizamos acompanhando conservadores e extremistas religiosos no Brasil. No entanto, demos início ao acompanhamento sistemático de candidaturas e coletivos progressistas de evangélicos, católicos e afro a partir das eleições municipais de 2020. Algumas questões importantes foram observadas. A primeira delas foi a disputa pela “verdadeira” identidade evangélica. Para alguns ela era “naturalmente” conservadora. Para outros, o fundamentalismo não corresponderia à verdade bíblica. A “verdadeira” identidade evangélica seria progressista, tal como Cristo o foi em sua época. Outra observação nessas investigações foi a aliança estratégica de evangélicos e católicos progressistas com vistas à política institucional e como meio de amplificar e incidir sobre a garantia de direitos para minorias raciais, sexuais, de gênero e classe social. Até então, a bibliografia especializada era farta em exemplos dessa coalizão entre católicos e evangélicos à direita, mas não entre progressistas na política nacional contemporânea. Sendo assim, acompanhamos uma multiplicidade de grupos criados sobretudo a partir de 2016 abarcando a diversidade de evangélicos no Brasil hoje (Vital da Cunha, 2021a; Vital da Cunha & Moura, 2021). 

Os afroreligiosos não eram alvo inicial do interesse institucional (ISER e hbs) no que dizia respeito à investigação política. No entanto, em 2012, com recursos do CNPQ/UFF e da FAPERJ[7], começamos a acompanhar políticos e religiosos afro organizados em uma frente no Congresso Nacional. Tomando como base que “em público é preciso se unir”, título do artigo da antropóloga Ana Paula Miranda (2017) sobre os modos de fazer política nesse segmento, passei a um estudo comparativo da Frente Parlamentar de Terreiros, como ficou mais conhecida na grande mídia, em duas legislaturas: desde a sua formação em 2011 até 2018 (Vital da Cunha, 2021b).  Trata-se do primeiro trabalho acadêmico de acompanhamento desta frente. Sobre a FPT nessas duas legislaturas acompanhadas, observamos que o perfil de atuação era inteiramente distinto das outras duas frentes religiosas no Congresso Nacional. A FPT era composta integralmente por deputados filiados a partidos de esquerda e centro esquerda. Não havia líderes religiosos afro entre seus signatários e o alvo de sua militância era combater à violência racial e religiosa, a defesa da cultura afro-brasileira e a defesa do território afroreligioso. Em 2023 uma nova composição desta frente se anuncia com a participação de homens e mulheres que se identificam como de matriz afroreligiosa, valorizando o pertencimento e a militância racial e religiosa no exercício parlamentar.

Com esta breve exposição da participação político religiosa no Brasil dos últimos 10 anos chamo atenção para um jogo social que não está ganho por parte dos conservadores e extremistas, como se faz parecer entre eles e entre seus críticos, embora ainda prevaleçam nas estruturas partidárias e denominacionais.

Religião e Política: medos sociais, extremismo religioso e as eleições 2014

A publicação registra um amplo estudo sobre as eleições 2014, estabelecendo como eixo as candidaturas de Pastor Everaldo (PSC) a presidente, além de Marcelo Crivella (PRB) e Anthony Garotinho (PP) a governador do Rio de Janeiro. O estudo foi desenvolvido pelo Instituto de Estudos da Religião (ISER) em parceria com a Fundação Heinrich Böll (HBS). O objetivo principal da pesquisa é detectar quais são os projetos políticos estabelecidos, especialmente, por determinados agrupamentos religiosos evangélicos.

Religião e Política - uma análise da atuação de parlamentares evangélicos sobre direitos das mulheres e de LGBTs no Brasil (versão impressa esgotada)

A publicação é resultado de um convite da Fundação Heinrich Böll Brasil ao ISER, no intuito de analisar a importância dos atores religiosos no cenário político nacional a partir das estratégias articuladas por lideranças evangélicas, ligadas ou não a vida político-partidária no Brasil. Para a realização do estudo, foram escolhidos dois episódios recentes que tiveram repercussão nacional.

Referências Bibliográficas

ALMEIDA, Ronaldo. MONTERO, Paula. Trânsito religioso no Brasil. São Paulo em Perspectiva, 15(3) 2001.

ALVES, Rubem. A volta do sagrado: os caminhos da sociologia da religião no Brasil. Religião & Sociedade, n. 3, 1978.

FERNANDES, Rubem César. Religiões Populares: uma Visão Parcial da Literatura Recente. BIB, Rio de Janeiro, n. 18, pp. 3-26, 2º Semestre, 1984.

MALUF, Sonia. Além do templo e do texto: desafios e dilemas dos estudos de religião no Brasil. Antropologia em primeira mão / Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis: UFSC / Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, 2011 - v.124; 22cm ISSN 1677-7174.

MIRANDA, Ana Paula; BONIOLO, Roberta Machado. Em público é preciso se unir: conflitos, demandas e estratégias políticas entre religiosos de matriz afro-brasileira na cidade do Rio de Janeiro. Religião & Sociedade, v. 37, p. 86-119, 2017.

MONTERO, Paula. Religiões e dilemas na sociedade brasileira. In: O que ler na Ciência Social brasileira. São Paulo: Ed. Sumaré; ANPOCS, Brasília, 1999, pp 327-367.

VITAL DA CUNHA, Christina. Ativismo negro e religioso: O caso da Frente Parlamentar de Terreiros no Congresso Nacional Brasileiro. Novos Estudos. CEBRAP, v.40, p.243 - 259, 2021b.

VITAL DA CUNHA, Christina. Cultura pentecostal em periferias cariocas: grafites e agenciamentos políticos nacionais. Disponível em: https://doi.org/10.11606 , v.28, p.80 - 108, 2021.

VITAL DA CUNHA, Christina; MOURA, João Luiz. Identidades, números e histórias de evangélicos nas eleições 2020. In: Comunicações do ISER, v.40, p.7 - 11, 2021a.

VITAL DA CUNHA, Christina. Retórica da Perda nas eleições presidenciais brasileiras em 2018: religião, medos sociais e tradição em foco. In: Revista Plural, Antropologías Desde América Latina Y Del Caribe, Montevidéu, ano 3, nº 6, p.123 - 149, 2020.

VITAL DA CUNHA, Christina. Televisão para salvar: religião, mídia e democracia no Brasil contemporâneo. Antropolítica: Revista Contemporânea de Antropologia, v.42, p.199 - 235, 2017.

VITAL DA CUNHA, Christina; LOPES, Paulo Victor Leite; LUI, Janayna. Religião e política: medos sociais, extremismo religioso e eleições 2014. Rio de Janeiro: Fundação Heinrich Böll, 2017, v.1. p.196.

VITAL DA CUNHA, Christina; LOPES, Paulo Victor Leite. Religião e Política: uma análise da atuação de parlamentares evangélicos sobre direitos das mulheres e de LGBTs no Brasil. Rio de Janeiro: Fundação Heinrich Böll & ISER, 2012, v.1. p.232.

 


[1] Este artigo foi apresentado no Encontro  Democracia, religiões e extrema direita no Brasil contemporâneo:  uma parceria entre o ISER e a Fundação Heinrich Böll, realizado no Rio de Janeiro, em 27 de abril de 2023, sob a coordenação de Christina Vital da Cunha e Marilene de Paula. O encontro foi a celebração de uma parceria entre o Instituto de Estudos da Religião e a Fundação Heinrich Böll na qual exercitamos uma confiança mútua e dessa confiança resultaram muitos produtos dentre os quais esta iniciativa que se apresenta como uma oportunidade raríssima: a criação de um espaço de reflexão e de diálogo, presencial e potencialmente nutritivo intelectual e afetivamente para todos e todas nós. Gostaria de fazer alguns agradecimentos especiais. O primeiro deles à Marilene pela interlocução sempre estimulante, respeitosa e frutífera. Mudaram muitas pessoas tanto no ISER quanto na hbs ao longo desses anos e nos mantivemos como elos de contato entre gerações institucionais. A segunda saudação especial é à nova direção executiva do ISER nas pessoas de Ana Carolina Evangelista, Clemir Fernandes e Luna Rozenbaum pelo dinamismo e responsabilidade na gestão da casa e pela renovação institucional, cuja área de religião hoje é maior do que já foi em qualquer momento desses 21 anos em que integro o ISER. Outra saudação e agradecimento importantíssimos é ao querido Paulo Victor Leite Lopes, parceiro nas duas primeiras publicações desta parceria entre ISER e hbs, antropólogo e professor da UFRN, e ao mais recente parceiro nesta jornada, o querido João Luiz Moura, mestre em Ciências da Religião e integrante da equipe do Ministério dos Direitos Humanos. Por fim, agradeço a toda a equipe de religião do ISER e da hbs por todo o apoio na organização deste encontro, em especial Livia Reis, Laryssa Owsiany e Manoela Vianna.

[2] Christina Vital da Cunha é professora do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal Fluminense (UFF), autora do livro Oração de Traficante: uma etnografia (Editora Garamond/Faperj) e co-autora dos livros Religião e Política: uma análise da atuação de parlamentares evangélicos sobre direitos das mulheres  e de LGBTs no Brasil e Religião e Política: medos sociais, extremismo religioso e eleições 2014, ambos em parceria ISER-hbs, coordenadora do LePa/UFF - Laboratório de Estudos em Política, Arte e Religião, Editora da revista Religião & Sociedade e colaboradora do ISER desde 2002.

[4] Conforme Charles Wright Mills em A Imaginação Sociológica, livro publicado originalmente em 1959 e no Brasil em 1969, mas absolutamente atual e necessário.

 

[5] A expressão segue entre aspas porque se trata de um modo a partir do qual o próprio candidato se referia a si mesmo: “bispo licenciado”.

[7]Projeto de pesquisa coordenado por Christina Vital da Cunha “Religiões no Espaço Público: uma análise socioantropológica da Frente Parlamentar em Defesa das Comunidades Tradicionais de Terreiros”, em curso com bolsistas CNPq/UFF desde 2012 e com recursos da FAPERJ entre 2014-2015.  

 
 

Este artigo faz parte do Webdossiê Religião, democracia e extrema direita. Acesse aqui o Webdossiê.