A democracia aceita os termos e condições?

Eleições 2022 e a política com os algoritmos

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Editorial

Em junho de 2021, um pai e uma filha debatem sobre as condutas do presidente brasileiro. A filha argumenta que o apoio a Jair Bolsonaro diminuiria fortemente após a confirmação de que o governo ignorou 81 e-mails da Pfizer com ofertas de vacinas para a Covid-19, informação divulgada quando as mortes na pandemia no país chegavam a 400.000. O pai responde desacreditando os fatos sobre as negativas as vacinas, afirma que no momento tudo que acontecia no Brasil era considerado culpa do chefe de Estado e que a imprensa não noticiava as ações positivas do governo. Como exemplo, ele cita o grande número de estradas construídas e reformadas por Jair Bolsonaro e mostra um vídeo. O mesmo vídeo circula em uma outra família em um grupo de Whatsapp, com o mesmo propósito de mostrar o que a “Globo não mostra”, expressão usada em memes políticos para reforçar a tese de que a grande imprensa persegue o governo vigente no Brasil. 

O culto as estradas dos bolsonaristas é uma das narrativas eficientes que mantém mobilizados os apoiadores nas redes sociais. São imagens e relatos compartilhados no Whatsapp e Telegram e vídeos no Youtube mostrando o presidente trabalhando, embora a agência Aos Fatos tenha divulgado um estudo que afirma que 54% das ações comemoradas por Bolsonaro sobre as estradas no Twitter são legados de outros governos.

Faltando 70 dias para a eleição, talvez bem menos quando você encontrar este texto, essa história de desavença familiar passe longe da gravidade dos últimos acontecimentos, como o encontro (em 18 de julho) com embaixadores, convocado pelo presidente, que reafirmou, dessa vez para uma plateia internacional de alto escalão, desacreditar no sistema eleitoral brasileiro, sem mais uma vez apresentar provas. E o assassinato do guarda municipal petista Marcelo Arruda em sua festa de aniversário, cometido por um bolsonarista indignado com a temática da comemoração, o candidato Lula. Todos esses casos têm conexões com o cenário político em que está em jogo a democracia do Brasil e fazem parte elementos como negacionismo, desinformação, descrédito a imprensa e violência política.   

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Os quase quatro anos de mandato de Jair Bolsonaro e os muitos estudos sobre a algoritmização da vida não fazem com que as eleições de 2022 sejam disputadas com grandes vantagens de um aprendizado sobre essa nova forma de se fazer política.

Reportagem da TVT

Eleições: Redes sociais e algoritmos na política são tema de publicação da Fundação Heinrich Böll - Rádio Brasil Atual

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Release

Fundação Heinrich Böll lança publicação sobre o impacto das redes sociais e dos algoritmos nas eleições

Convidamos dez pesquisadores para apontarem caminhos em defesa da democracia nas eleições de 2022. Material está disponível para download!

Artigos

Fact-checking

Mulheres sob ataque

Como enfrentar a violência política de gênero?

No ano em que se celebra 90 anos do Decreto no 21.076/1932 — que autorizou as mulheres brasileiras a participarem, pela primeira vez, do processo eleitoral —, o InternetLab e o Redes Cordiais lançaram o documento “Mulheres na Política: Guia para o Enfrentamento da Violência Política de Gênero“.

Caminhos da Desinformação: Evangélicos, Fake News e WhatsApp no Brasil

As fakes news circulam pelo WhatsApp e demais redes sociais, tendo alto potencial de viralização. Acesse o relatório “Caminhos da desinformação: evangélicos, fake news e WhatsApp no Brasil", elaborado pela UFRJ, em parceria com a Fundação Universitária Joaquim Bonifácio e apoio da Facebook Inc.

Blogueragem na política

Em alguns casos, os valores angariados ultrapassavam centenas de milhares de reais. Entre janeiro de 2019 e agosto de 2021, onze canais de YouTube pró-Bolsonaro que divulgavam informações falsas sobre urnas eletrônicas arrecadaram mais de dez milhões de reais. Os canais que mais lucraram antes de serem bloqueados judicialmente foram o Folha Política, com 2,5 milhões de reais, e o youtuber Allan dos Santos, com 1,7 milhão de reais.

Vigilância

Sinais de que um dispositivo foi hackeado

Computador/smartphone apresenta lentidão demasiada constante. Ocasionalmente janelas (pop ups) e sites aleatórios surgem ao navegar na Internet.

O que fazer?

Formatar o equipamento restaurando suas configurações a qualquer suspeita de de infecção maliciosas. Sempre realizar as atualizações de segurança disponibilizada pelos fabricantes.

Compromisso com a Democracia e os Direitos Digitais

A Coalizão Direitos na Rede apresenta um Manifesto pelo Compromisso com a Democracia e os Direitos Digitais. A Coalizão convoca autoridades, entidades da sociedade civil e demais interessades a assinarem esse compromisso em prol da garantia dos direitos digitais da sociedade brasileira.

Expediente

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Editores:
Manoela Vianna, Annette von Schönfeld e Marilene de Paula

Assistente de edição, pesquisa iconográfica e produção de conteúdo para infográficos:
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Projeto gráfico:
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