DOSSIÊ. OLIMPÍADAS DO RIO DE JANEIRO: UM ANO DEPOIS.
Um ano se passou dos Jogos Olímpicos 2016. A euforia dos cariocas por sediar um evento tão importante do calendário mundial se baseava nas promessas de que os Jogos trariam para a cidade obras urbanísticas importantes, como na mobilidade urbana, despoluição da Baía de Guanabara, melhores modelos de segurança pública, aumento de empregos e melhoria dos espaços públicos para lazer e prática de esportes. Os aportes governamentais vieram. Os gastos com as Olimpíadas foram de R$ 43 bilhões, sem contar outros recursos por conta da Copa do Mundo, realizada em 2014. Mas o que ficou para a cidade e seus cidadãos?
Com a ajuda de parceirxs e aliadxs da sociedade civil brasileira a Fundação Heirinch Böll apresenta alguns dados, análises e reflexões sobre o incerto legado dos Jogos. Renato Cosentino e Poliana Monteiro questionam o interesse de grupos poderosos no ramo imobiliário e político concentrarem obras e recursos na Barra da Tijuca. Já João Roberto Pinto, Mariana Werneck e Silvia Noronha analisam o poder das empreiteiras e como a lógica empresarial predatória dos recursos públicos foi a base dos projetos na cidade. Marilene de Paula oferece uma reflexão sobre mobilidade urbana. A pesquisadora Lena Azevedo nos traz o quadro de (in)segurança pública pós-Jogos Olímpicos. Emanuel Alencar, nos revela o atual estado da maior promessa dos governos: a despoluição da Baía de Guanabara. O PACS contribui com um relatório sobre os Jogos. Fechamos nossa análise com entrevistas com a atleta olímpica Joana Maranhão, e os pesquisadores João Roberto Pinto e Orlando Santos Jr.
Um abraço,
Equipe Fundação Heinrich Böll Brasil
Expediente
Editores:
Annette von Schönfeld, Marilene de Paula e Leandro Uchoas
Assistentes de Edição:
Karina Merencio e João Pedro Duarte
Webdesign:
Projeto, orçamento e (des)legado
Após um ano das Olimpíadas, a convite da Fundação Heinrich Böll, Renato Cosentino e Poliana Monteiro desvendam os dados e analisam os interesses e os grupos de poder envolvidos nas escolhas feitas para a cidade durante os anos de preparação e realização das Olimpíadas. Em artigo, Marilene de Paula aborda também o tema da mobilidade urbana na cidade do Rio, pós-Olimpíada.
Lava Jato e Olimpíada
Independente de suas contradições, a Operação Lava Jato trouxe uma série de revelações sobre a relação pouco republicana entre as empreiteiras e as forças políticas brasileiras. Neste artigo, relacionamos o que a Lava jato revelou sobre a eventual corrupção nas obras das Olimpíadas. O trabalho foi realizado a partir de cruzamento de informações de sites e reportagens.
Clique na imagem acima para ler o artigo na íntegra.
Sobre carteis e empreiteiras
A preparação para os Jogos Olímpicos foi marcada por obras caras, realizadas sem amplo debate público, e tendo como protagonistas as mesmas empreiteiras. João Roberto Lopes Pinto, Mariana Werneck e Sílvia Noronha ajudam a entender as causas disso. Durante este período, houve muito investimento na militarização da cidade, com iniciativas como as UPPs. Lena Azevedo, da Justiça Global, analisa estas iniciativas e suas consequências. Na imagem, uma manifestação contra os Jogos Olímpicos.