Direitos Humanos

O livro "Captura del Estado macrocriminalidad, y derechos humanos", de Luis Daniel Vázquez Valencia, publicado pela Fundação Heinrich Böll - México, Flacso México e o Instituto de Investigaciones Jurídica (UNAM) analisa, do ponto de vista acadêmico, como são criadas as redes de poderes fáticos e qual o papel do Estado nesse processo. A partir da realidade de grupos criminosos no México o livro se dedica a responder a complexa pergunta de como desmantelar uma rede de macro-criminalidade ou dita de outra forma, como descapturar o Estado.

A difusão de novas tecnologias facilita o nosso cotidiano de muitas maneiras. Contudo, essas tecnologias, juntamente com a massa de dados coletados tanto pelos governos quanto por empresas privadas e os fluxos de dados permanentes, criaram ferramentas não só com potencial de vigilância em massa, mas também de exclusão e repressão.

Dando uma visão sobre as diferentes instituições públicas e outros atores envolvidos no setor da segurança privada e na sua fiscalização, Cecilia demostra a falta de transparência neste setor. Uma discrepância forte entre o número de empresas registradas pela Polícia Federal e o número de empresas efetivamente fornecendo serviços de segurança privada levantam dúvidas sobre a eficiência da fiscalização, sobre o papel de traficantes, milícias e autoridades públicas no processo de informalização de segurança como também sobre o desvio de armas.

Grupos financeiros poderosos têm capturado e cooptado o Estado colombiano, minando direitos fundamentais da cidadania, influenciando a tomada de decisões.A partir de uma coletânea de artigos, publicações e vídeos o escritório de Bogotá, da Fundação Heinrich Böll elaborou um webdossiê que traz informações sobre o caso de Hidroituango, como empresas extrativas estão cooptando o Estado e os custos políticos e sociais das megaobras na Colômbia. O webdossiê traz também como se dá a cooptação no sistema de saúde pública.

O escritório ConoSur, da Fundação Heinrich Böll apresenta o primeiro caderno da Coleção Ciudadanía activa, democracia transparente: Poderes fácticos, corrupción y controle en la sociedad digital, que aborda casos específicos que analisam as redes de poder e corrupção no Cone Sul. Como os cidadãos percebem o fenômeno da corrupção? Como grupos financeiros aumentam seu poder a partir do financiamento a partidos políticos e outros fundos de investimentos?O caso de corrupção das Forças Armadas do Chile também é abordado na publicação. Ao final como as novas tecnologias estão reconfigurando as relações econômicas e sociais.

A convite do escritório San Salvador da Fundação Heinrich Böll, os pesquisadores Harald Waxenecker e Otto Argueta, além de o coordenador da Fundação, Marco Pérez Navarrete,apresentam ensaio sobre a atuação dos poderes fácticos no Triângulo Norte (El Salvador, Honduras e Guatemala).O ensaio responde a pergunta como esses poderes e suas relações, moldaram as "democracias existentes" no Triângulo Norte (e vice-versa).

Quais foram os mecanismos e técnicas de poder utilizados pelos/as candidatos/as evangélicos/as nas eleições de 2018? O artigo analisa esses discursos e o perfil de seus autores, que por um lado são vistos como uma ameaça ao Estado laico e por outro,reconhecidos como atores sociais que apostam na proximidade entre religião e política como afirmação da democracia e/ou uma “solução” para os males da política e da sociedade. Os dados do artigo são resultados de pesquisa apoiada pela Fundação Heinrich Böll.