Não foi em vão" traz a consolidação da pesquisa iniciada em maio de 2017 sobre mortes por atropelamento ferroviário nos trens metropolitanos do Rio de Janeiro. Esse levantamento iniciou-se a partir da morte de Joana Bonifácio Gouveia, de 19 anos, jovem, negra, universitária e moradora da Baixada Fluminense, morta no dia 24 de abril de 2017, na estação de Coelho da Rocha, ramal Belford Roxo. Foi principiado pela prima de Joana, Rafaela Albergaria, como forma de ressignificar o sofrimento para resistir à criminalização e banalização da vida manifesta nas declarações dadas pela SUPERVIA, que, com intuito de desresponsabilizar-se do ocorrido, imputou à Joana a responsabilidade por sua morte.
A partir do conceito de direito a cidade essa publicação analisa a forma com que o Estado nega a si mesmo e suas responsabilidades por aqueles que estão sob seu governo e poder. Para verificar essa realidade os pesquisadores foram a campo em dois bairros: Parque Colúmbia, na franja da cidade do Rio de Janeiro, e Chatuba, na cidade de Mesquita, na Baixada Fluminense. Em comum, esses dois bairros têm um longo histórico de enchentes que repetidas vezes destroem o cotidiano dos moradores que vivem perto da cabeceira dos rios.
Um setor, no qual – assim achamos – poderíamos encontrar muitas confluências de poderes legais e turvos é o setor da segurança privada. A pesquisa “Segurança privada no Rio de Janeiro e no Brasil: tamanho e evolução”, de Robson Rodrigues, Eduardo Ribeiro e Ignacio Cano nos trazem algumas pistas.
Dafne Melo e Josué Medeiros, pesquisadores do Coletivo Vigência, analisam a chegada ao poder em São Paulo e Rio de Janeiro de João Doria (PSDB) e Marcelo Crivella (PRB). Para os autores, os mandatos significam um reforço da inflexão democrática ainda em curso no Brasil. Tratam-se de projetos e trajetórias que possuem ligações com duas espécies de poderes políticos que são parte do processo social que produz o capitalismo extremo e a captura da democracia: o poder econômico (Doria) e o poder religioso (Crivella).
O Fórum Grita Baixada e a Rede de Mães e Familiares Vítimas da Violência do Estado da Baixada Fluminense criaram o “Guia de Proteção aos Defensores e Defensoras dos Direitos Humanos da Baixada Fluminense/RJ”. A publicação é uma ferramenta para que defensores de direitos humanos da região da Baixada Fluminense conheçam estratégias para se protegerem.