A agroecologia tem crescido em todo o mundo, mas é na América Latina que suas experiências estão mais fortes e consolidadas. Poucos fenômenos são tão fundamentalmente latino-americanas quanto a agroecologia. Em reconhecimento à importância dessa ciência, movimento social e acervo de práticas que condensa inúmeras experiências revolucionárias e de resistência na América Latina, a Fundação Heinrich Boll decidiu produzir sua primeira publicação própria unindo esforços de todos seus escritórios latino-americanos.
A cartilha é uma produção do Fórum Nacional da Sociedade Civil nos Comitês de Bacias Hidrográficas, em parceria com a Fiocruz e Embrapa Pantanal, e busca ampliar o olhar das comunidades tradicionais para os impactos do veneno em seu dia a dia, fortalecendo o enfrentamento do problema da contaminação por agrotóxicos no Brasil.
As exposições forçadas a agrotóxicos impactam uma gama de direitos humanos econômicos, ambientais, sociais e culturais (DHESCA) das populações atingidas. E são as comunidades camponesas, povos indígenas e comunidades tradicionais os mais expostos e vulneráveis a tais violações. Essa colaboração entre a Terra de Direitos e a Campanha permanente contra os agrotóxicos estuda os meios jurídicos de responsabilizar o uso criminoso de agrotóxicos, abordando o por quê de ainda haver poucos profissionais que atuam no Sistema de Justiça capacitados sobre a temática, como funciona a pirâmide normativa brasileira sobre agrotóxicos e as lacunas enfrentadas.
Esta publicação apresenta dados sobre a denominada “agricultura 4.0”, uma agricultura que utiliza alta tecnologia no processo de produção. Contudo, naquilo que tange particularmente ao Brasil, como podemos observar, a tecnificação da agricultura não tem significado a superação da fome e nem tampouco um incremento do emprego no campo.
Este trabalho apresenta dados sobre o impacto na vida dos insetos em decorrência do uso de agrotóxicos. Apresenta também reflexões em torno de alternativa ao modelo produtivo hegemônico, e da importância de políticas públicas orientadas a este propósito.
Este texto tem como objetivo analisar processos recentes de desestruturação
das políticas públicas voltadas ao fortalecimento da agricultura familiar no Brasil contemporâneo. Esta trajetória de fragilização/desconstrução de políticas públicas ganha maior alcance e visibilidade a partir do Governo Temer (2016-2018), assumindo novos contornos desde 2019, com o Governo Bolsonaro. Esse percurso tem sido marcado pela “separação das partes componentes” e “desmontagem” do arranjo e das estruturas institucionais de políticas públicas voltadas à promoção da agricultura familiar estabelecidas em nível federal.