Obra reúne informações importantes para empresas e a sociedade civil sobre perigos do consumo do plástico, além de apontar caminhos para reverter esse quadro
A produção e consumo desenfreados do plástico jogou o planeta em um impasse: uma vida com a praticidade dos descartáveis e produtos com matéria-prima barata, ou uma vida com menos poluição e contaminação? O Atlas do Plástico, que será lançado pela Fundação Heinrich Böll, reúne dados e pesquisas feitas no Brasil e no mundo sobre o consumo, descarte, contaminação e consequências macro, como a situação dos mares, e micro – por exemplo, ao temperar um alimento, uma pessoa já está consumindo microplástico. Também são apresentados caminhos sobre materiais alternativos e novos hábitos que podem levar a uma grande mudança. Marque presença em nosso evento aqui.
O lançamento oficial será dia 30 de novembro, às 18h, em uma live no canal do YouTube da Fundação Heinrich Böll (boellbrasil), com a participação de Giovanna Nader, Ativista ambiental, comunicadora, podcaster O Tempo Virou e Annette von Schönfeld, Diretora da Fundação Heinrich Böll Brasil. Além deles, integram o time deste evento:
- Marcelo Montenegro, Coordenador de Justiça Socioambiental Fundação Heinrich Böll Brasil
- Elisabeth Grimberg, Coordenadora de Resíduos Sólidos, Instituto Pólis
- Roberto Laureano, Diretor-Presidente da Associação Nacional dos Catadores (Ancat). O Atlas poderá ser baixado gratuitamente, AQUI, em nosso site, e o interessados na versão impressa podem solicitar uma cópia gratuita.
As atuais montanhas de lixo plástico que não se degradam, há uma visão nada confortável do futuro próximo. Estima-se um aumento de 40% de plástico no mundo logo ali, em 2025. E em 2050, considerando-se o atual ritmo de consumo, teremos mais plástico do que peixes nos oceanos. Ou seja, banir canudinhos e sacolas de mercado é uma gota nesse mar de polímeros. Esses e outros dados e números provam que a história do plástico que a indústria conta é um mito. A grande mensagem do Atlas é: precisamos de reduções urgentes e drásticas na produção e consumo de plástico e regulamentação em nível local, nacional e global para lidar com a poluição do plástico na fonte.
Nossos temas: A partir da história do plástico, a obra dá uma consistente visão do volume do material que tem sufocado o planeta e suas consequências nos diversos campos. A partir daí, podemos destacar:
- A contaminação dos alimentos – até no sal de cozinha, hoje, podemos encontrar partículas de plástico. Além disso, embalagens de mercados e nas nossas geladeiras são um perigo constante;
- Situações agravantes desse quadro, como a pandemia de covid-19 – Para cada infectado internado, um hospital produz, em média, 7,5 Kg de plástico por dia;
- Questão de gênero – As mulheres são mais afetadas pela poluição plástica do que os homens, tanto por características biológicas como pelo tipo de produtos que consomem;
- A reciclagem, uma ação de curto prazo, ainda está muito aquém da ideal;
- O turismo – O impacto nas praias é gritante: no Sudeste, 80,8% do lixo encontrado nas praias é de plástico. Nas praias do Norte do Brasil, a situação é ainda pior: 85,8% de restos de polímeros que não se degradam. Isso impacta economicamente as cidades turísticas;
- Hoje, movimentos como Lixo Zero, campanhas para se aumentar a reciclagem e estudos sobre materiais alternativos são alguns dos caminhos apontados pelo Atlas, que cita, por exemplo: as novas formas de consumo, com produtos reutilizáveis e feitos de outros materiais; cidades que tentam zerar o consumo desses resíduos; logística reversa adotada pelas empresas comprometidas com a causa ecológica; pesquisas sobre “plástico” biodegradável e produção de produtos alternativos; a necessidade de regulamentação e controle do Governo.
Ademais, um ponto de extrema importância para este lançamento Böll Brasil, a credibilidade. Com isso, todos os dados presentes no Atlas do Plástico foram checados pela Lupa, a primeira agência de notícias do Brasil a se especializar na técnica jornalística mundialmente conhecida como fact-checking. Além disso, os textos são assinados por especialistas e pesquisadores do assunto.
Sobre a Heinrich Böll
A Fundação Heinrich Böll é uma organização política alemã sem fins lucrativos com presença em mais de 30 países. Seus princípios fundamentais são os da ecologia e da sustentabilidade, da democracia e dos direitos humanos, da autodeterminação e da justiça social. No Brasil apoiamos projetos de diversas organizações da sociedade civil buscando fortalecer a democracia e garantia de direitos.
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