Em 2015, a Fundação Heinrich Böll completou 15 anos no Brasil. Tempos de muito trabalho junto aos diversos parceiros que acreditam e se empenham por um mundo mais justo para todas e todos.
2015 foi um ano difícil para as brasileiras e os brasileiros. Foram muitos os retrocessos na busca pela garantia de direitos no que diz respeito às populações mais vulneráveis, às comunidades tradicionais, às mulheres e LGBTs. A ameaça de redução da maioridade penal e as brutais mortes de jovens negros nas favelas e periferias de todo o país, muitas vezes perpetradas por agentes do Estado, também configuram o quadro de violações. Essa elevada letalidade também atinge esses agentes, em sua maioria oriundos dos mesmos estratos sociais das vítimas.
Por outro lado, é possível olhar para trás e enxergar o fortalecimento das resistências expressas, por exemplo, com os movimentos de mulheres, que foram às ruas e continuam nelas contra o ataque aos direitos sexuais e reprodutivos.
Assim, muitas sementes para transformações continuam sendo espalhadas por aqueles e aquelas que acreditam em valores como justiça socioambiental, democracia e direitos humanos.
A Fundação é um dos espaços que defende esses valores. Foram muitas ações, publicações, artigos, vídeos e debates. Relembramos algumas por aqui e todas as outras encontram-se registradas no site, Facebook, Twitter e Youtube:
COP 21: Chefes de Estados e representantes de países de todo mundo comemoraram e consideraram histórico o acordo criado na COP 21. Por outro lado, diversos atores da sociedade civil como o Grupo Carta de Belém mantêm visão crítica sobre os caminhos que as negociações climáticas têm tomado, pois ela incentiva a primazia do mercado, desconsiderando a valorização dos territórios e suas populações. Nesse sentindo, estão disponíveis 15 artigos que fazem uma cobertura crítica e minuciosa da COP 21.
Ambivalências Digitais: A Fundação Heinrich Böll comemorou seus 15 anos no Brasil com o evento “Ambivalências Digitais: potencializando a democracia, controlando os cidadãos”. O encontro contou com especialistas e ativistas como Ronaldo Lemos (UERJ/ITS Rio), Sérgio Amadeu (UFABC e Actantes), Flávia Oliveira (colunista do O Globo), Rodrigo Azevedo (Observatório de Favelas / Espocc),
Anápuáka Muniz Tupinambá Hã-hã-hãe (Etnia Tupinambá), Tainã de Medeiros (GatoMÍDIA, Papo Reto e Meu Rio), Marcelo Yuka (músico e fundador da banda O Rappa), Jéssika Martins (Marcha Mundial das Mulheres - MMM), entre outros. Acesse as entrevistas e vídeos com os palestrantes.
Beijing + 20: Em 1995, feministas, representantes de ONGs, líderes políticos e governos se reuniram em Beijing, na China, para participar da IV Conferência Mundial sobre as Mulheres, aquela que seria a maior e mais importante conferência da ONU sobre o tema. De lá para cá muitos direitos foram conquistados, mas outros tantos ficaram pelo caminho. As mulheres brasileiras continuam ganhando menos que os homens para exercerem a mesma atividade e as mais penalizadas são as mulheres negras, cujo salários são ainda menores. Acesse o dossiê Beijing +20 com vídeos, artigos e entrevistas sobre o tema.
Para saber mais sobre nós e nossos parceiros não deixe de assistir Fundação Heinrich Böll: 15 anos no Brasil pela garantia de direitos.
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Feliz ano novo!