“Por que ninguém fala sobre agricultura na COP26?” A pergunta feita pelo jornal The Guardian durante a COP26, em 2021, trata da relação entre a agricultura e as discussões globais sobre mudanças climáticas. Lena Luig discute sobre sistemas alimentares baseados nos combustíveis fósseis e alternativas para contornar a crise climática.

Os países do norte global exigem grandes quantidades de recursos naturais para manter seus sistemas econômicos funcionando. Contudo, a crise climática exige uma mudança mundial no uso de matérias-primas. Para que isso aconteça, o consumo deve diminuir.

Se iniciou esta semana no Egito a COP 27, Conferência do clima da Organização das Nações Unidas (ONU). Dado o momento atual da crise climática, muitos holofotes estarão virados para o Brasil, em especial para a participação de Lula, que aceitou o convite para participar do evento e estará acompanhado de Marina Silva, Simone Tebet, e de uma delegação que o acompanhará em suas reuniões com lideranças globais. Os rumos dos debates que ocorrerão no evento serão fundamentais para entender os rumos da política ambiental brasileira nos próximos quatro anos.  

A fome é uma questão política Em outubro, celebramos o Dia Mundial da Alimentação. A data nos convida a refletir sobre o quadro atual da alimentação mundial e sobre a forma como se organiza atualmente o sistema alimentar. Diversas evidências indicam que a forma predominante sobre como se encadeiam as atividades que vão da produção ao consumo de alimentos é insustentável do ponto de vista ambiental e social. Esta configuração dominante do sistema alimentar também contribui para as mudanças climáticas e para o crescimento de problemas de saúde e nutrição. 

Quando Jair Bolsonaro assumiu a Presidência do Brasil em 2018 ele adotou instrumentos que mudaram as estruturas institucionais de gestão e monitoramento ambiental no país, fiscalização ambiental e vigilância territorial e desestruturou programas de combate ao desmatamento.  

A pauta de costumes entrou com força nas campanhas eleitorais presidenciais no Brasil e de meio de mandato nos Estados Unidos (as chamadas midterms americanas), considerando também que Jair Bolsonaro e Donald Trump cultivaram uma estreita relação publicamente.  A questão que fica é: Como as últimas eleições dos EUA podem ter impacto sob o Brasil atual?