Olá!
Este ano a Fundação Heinrich Böll faz 21 anos no Brasil. O tempo passou voando. Vimos Lula presidente; Dilma, a primeira mulher a ocupar a Presidência; Michel Temer com seus quatro por cento de aprovação e agora um presidente autoritário e negacionista. A democracia, esse sistema que promete diminuição das desigualdades, necessidades básicas atendidas e direito à participação política e uma vida eleitoral plena, está sendo torpedeado por forças conservadoras fundamentalistas e por um capitalismo extremo que não deixa margem para que parte expressiva da população brasileira fique pelo menos com as sobras da mesa. O que mudou? Ou será que tudo continua o mesmo?
Mudou. E já faz algumas décadas. Vivemos uma outra “razão do mundo”, um novo modo de governar pessoas e sociedades no qual se agudizou práticas abusivas. O mundo programado pelo trabalho na fábrica, pelo salário certinho no final do mês é hoje para cada vez menos pessoas. A uberização da vida, ou dizendo de outro modo, a mercantilização de todos os aspectos da vida é uma realidade inescapável. Reger a vida pelos direitos ficou ainda mais distante.
Nesse meu trabalho de diálogo com a sociedade civil, converso com muita gente: ativistas, parlamentares, gestores públicos, quilombolas, moradores de comunidades pelo Brasil a fora. São nessas conversas que percebo a gravidade do que está acontecendo no Brasil. Os grupos criminosos estão cada vez mais controlando territórios e implantando seus planos de negócios de extorsão e controle. A soja e o desmatamento avançam na Amazônia. Nos parlamentos uma agenda de retrocessos nos direitos das mulheres e das populações indígenas todos os dias ganha mais espaço. Isso só para citar alguns fatos. Precisamos encontrar soluções, caminhos, para a construção de uma democracia feminista, antirracista e ecológica.
Converse sobre política, sobre a conjuntura, sobre a sua vida. Ajude quem está ao seu lado a encontrar soluções. Se faça perguntas, faça perguntas a quem conversa com você. Questione, se informe.