Em junho, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), de 20 a 22, acontece logo depois da Cúpula do G20 no México, nos dias 18 e 19. Esses eventos convidam a uma comparação das respectivas agendas e abordagens para garantir um desenvolvimento econômico no futuro. A Rio+20 ocorre na “grande tenda” de todos os Estados-membros das Nações Unidas com o objetivo de refletir sobre o progresso nos últimos 20 anos (desde a Eco 92) para alcançar o desenvolvimento sustentável e (de forma mais controversa) repaginar essas ideias a partir do conceito “market-friendly” da “Economia Verde”.
Em contraste, a Cúpula do G20 é o encontro fechado das 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia que irá focar na gestão da crise da zona do euro, governança e reforma financeira, desemprego e desenvolvimento internacional, incluindo uma gigantesca iniciativa de infraestrutura.
Este estudo explora as formas como a Cúpula do G20 afeta os resultados da Rio+20 e se esses dois eventos globais podem caminhar juntos ou trabalhar em direções contrárias. O texto começa com uma breve história do G20 e seus dois paradigmas de crescimento. Também descreve como, por um lado, Estados-Nação estão se afastando dos acordos vinculantes (por exemplo: meio ambiente, clima, direitos humanos e biodiversidade) e, por outro, atores privados (como parcerias público-privadas) estão dando forma ao futuro. Este admirável mundo novo dominado por corporações transnacionais está aprofundando e expandindo os “mecanismos de mercado”, que mercantilizam e financeirizam os recursos naturais. As conclusões deste trabalho apresentam as responsabilidades do governo e da sociedade civil frente aos novos desafios da governança global e do desenvolvimento sustentável em um mundo multipolar onde o poder do setor financeiro continua crescendo a cada dia.
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