Resumo sobre o financiamento climático regional: América Latina
A América Latina é uma região altamente heterogênea, com diversos níveis de desenvolvimento econômico e múltiplas diferenças em sua história social e indígena, tanto na relação entre seus países quanto dentro dos próprios países. Os impactos das mudanças climáticas — em particular o derretimento glacial e as mudanças no fluxo dos rios, os eventos climáticos extremos e os riscos aos sistemas de produção de alimentos — afetam o desenvolvimento da região nas áreas rurais e urbanas (Banco Mundial, 2022). O financiamento climático na América Latina é extremamente concentrado, com o Brasil, o México, a Costa Rica e a Colômbia recebendo quase metade do financiamento da região. As atividades de mitigação, incluindo a proteção florestal e o reflorestamento, recebem mais de quatro vezes o valor alocado para a adaptação de fundos multilaterais para o clima (com US$ 3,9 bilhões e US$ 0,8 bilhão, respectivamente). Desde 2003, um total de US$ 6,1 bilhões foram aprovados para 691 projetos na região, provenientes de fundos climáticos multilaterais monitorados pela plataforma Climate Funds Update (CFU). Em 2024, 48 novos projetos foram aprovados, totalizando US$ 550 milhões. O Fundo Verde para o Clima (GCF, sigla em inglês) forneceu 53% do financiamento aprovado para esses novos projetos.