Nova rede antinuclear lança manifesto

 

Com o objetivo de fortalecer a luta antinuclear no Brasil, a Fundação Heinrich Böll, em parceria com a Rede Brasileira de Justiça Ambiental (RBJA), promoveu um encontro entre sociedade civil, movimentos sociais e pesquisadores de diferentes regiões do país em maio deste ano. Na reunião, nasceu a Articulação Antinuclear Brasileira, cujo manifesto pode ser lido aqui.

Se a energia nuclear é tema central em países como a Alemanha - onde a pressão popular contribuiu para a decisão do governo de fechar todas as usinas nucleares até 2022 - no Brasil a situação é diferente. O debate nacional sobre o programa nuclear brasileiro parece fora de questão. Principalmente, se é a população quem busca o diálogo. Problemas como contaminação radioativa, destino do lixo atômico e segurança das instalações ficam restritos às cidades que abrigam atividades nucleares, como Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, e Caetité, na Bahia.

Apesar de o Ministério de Minas e Energia ter declarado recentemente que irá reavaliar o programa nuclear brasileiro, uma possível mudança estaria relacionada apenas ao projeto de quatro novas usinas, previstas no Plano Nacional de Energia. A construção de Angra 3 não seria afetada. Tudo indica que mesmo após o acidente de Fukushima, no Japão, e o recuo nuclear, na Europa, o governo brasileiro ainda investirá na energia nuclear caso não haja uma reação popular.