Boletim Raízes
Marcado por grandes retrocessos em escala legislativa e executiva, o último ano deixou como legado para 2016 um cenário nada promissor em relação os direitos de povos indígenas, comunidades tradicionais e agricultores familiares. Com a aprovação da Lei 13.123/2015, conhecida como Marco Legal da Biodiversidade, os detentores da biodiversidade enfrentam a biopirataria e a privatização sobre a natureza e os conhecimentos tradicionais.
Com o propósito de compilar um material inteiramente dedicado à problemática trazida à tona pela Lei, o boletim Raízes apresenta análises sobre a participação e a exclusão de grupos tradicionais no processo de formulação e regulamentação do Marco Legal da Biodiversidade. Com reflexões relacionadas à aprovação, regulamentação e os impactos trazidos pela Lei, a publicação traz um diagnóstico sobre algumas ameaças que ecoarão ao longo do ano.
Produzido pela Terra de Direito, Raízes aponta para a necessidade de uma contínua mobilização nacional e internacional frente aos avanços capitalistas, com discussões relativas aos retrocessos legislativos relacionados à proteção da biodiversidade. Esse material também aponta alguns desafios a serem enfrentados nessa batalha.
Este material faz parte da série Marcos de financeirização de bens naturais comuns e as restrições ao livre uso da agro e biodiversidade.
A Fundação Heinrich Böll apoiou a produção deste Boletim.
Detalhes da publicação
Índice
Quem ganha e quem perde com o Marco Legal da Biodiversidade? pg. 2
Biopiratas no controle: uma breve história da aprovação do Marco Legal da Biodiversidade no Brasil pg. 4
Empresas e o acesso ao conhecimento tradicional: a experiência das quebradeiras de coco babaçu pg. 6
Patrimônio genético, conhecimentos tradicionais e a privatização de bens comuns pg. 7
Biopirataria legislativa: a Lei 13.123/2015 como instrumento marginal ao Protocolo de Nagoya pg. 8