Para além da euforia festiva que se espalhou por boa parte do Brasil após a escolha do país para sediar a Copa do Mundo de 2014 e do Rio de Janeiro como cidade-sede das Olimpíadas de 2016, a realização desses megaeventos deve ser encarada por outra ótica. A maioria das propagandas, sejam públicas ou privadas, divulgam essas atividades como oportunidades únicas de progresso e crescimento para o país. O que pouco aparece nos meios de comunicação comerciais e na fala dos governantes são as denúncias de violações de direitos: gastos públicos excessivos, impactos sociais e ambientais, retrocessos legislativos e falta de transparência, para citar alguns exemplos.
No intuito de publicizar as infrações aos direitos humanos no contexto dos megaeventos no Brasil, a Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa, com o apoio da Fundação Heinrich Böll Brasil, preparou o dossiê “Megaeventos e Violações de Direitos Humanos no Brasil”. O documento está dividido em sete temáticas: moradia; trabalho; informação, participação e representação popular; meio ambiente; acesso a serviços e bens públicos; mobilidade e segurança pública. O dossiê, que foi lançado em junho de 2012, traz casos de violações e de desrespeito aos direitos fundamentais dos brasileiros.
No final de 2012, o resumo executivo do documento foi traduzido para o alemão pela Fundação Heinrich Böll, assim como uma entrevista de Thiago Hoshino, advogado da ONG Terra de Direitos e membro do Comitê Popular da Copa de 2014. Com a tradução, a Fundação buscou contribuir com o debate crítico sobre as violações de direitos humanos no contexto dos megaeventos e ampliar o diálogo entre a Alemanha e o Brasil.
Clique aqui para ver a entrevista com Thiago Hoshino em alemão.
Leia aqui o resumo executivo do dossiê “Megaeventos e Violações de Direitos Humanos no Brasil” em alemão.