A última fronteira: O crime organizado transnacional e a luta contra as mudanças climáticas - debate online

Junte-se à Fundação Heinrich Böll dia 15 de novembro de 2024 para um mergulho profundo em uma questão global urgente: o impacto do crime organizado transnacional nas zonas de proteção ambiental e suas consequências de longo prazo para a política climática e a biodiversidade. Como as redes criminosas exploram ecossistemas vulneráveis, o colapso da autoridade estatal em regiões importantes acelera a degradação ambiental, a perda de biodiversidade e prejudica os esforços de combate ás mudanças climáticas globais. Inscreva-se aqui.

Tempo de leitura: 5 minutos
Brigada Amazônia - Rota Chico Mendes • 15 a 20/09/2019 • Acre

Neste debate virtual, exploraremos como a inexistência ou o enfraquecimento do monopólio estatal da violência em territórios sob regimes ambientais deixou um perigoso vácuo de poder. Os agentes criminosos transnacionais envolvidos no tráfico de drogas, de pessoas e de armas estão expandindo seus mercados locais de drogas, investindo localmente em caça ilegal, extração ilegal de madeira e mineração ilegal de ouro ou no comércio de espécies ameaçadas de extinção para lavar seu dinheiro. Dessa forma, eles estão expandindo a influência territorial e política e suas atividades em todo o mundo. As consequências locais e globais disso são inegáveis, e pesquisas sistemáticas estão em andamento. Seguem algumas informações básicas sobre o tema:

Contexto:

Exploração criminosa de recursos naturais: 117 países em todo o mundo estão enfrentando mercados criminosos significativos relacionados ao tráfico e à exploração da fauna, da flora ou de recursos não renováveis. Em 36 países - na África, na Ásia e nas Américas - esses crimes ambientais são criticamente altos, ressaltando uma crise global. Neste evento, examinaremos o hotspot amazônico e destacaremos as ligações complexas entre a degradação ambiental, a captura do Estado por entidades criminosas e a erosão do Estado de Direito.

Estruturas jurídicas regionais e globais: Embora várias estruturas normativas já abordem o crime ambiental, ainda existem lacunas. Este evento mapeará as convenções existentes e, além disso, explorará possíveis soluções, como a proposta de um quarto protocolo para a UNTOC (Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional ) sobre o tráfico ilícito de fauna e flora selvagens e o possível reconhecimento do ecocídio como um crime internacional.

Exploração criminosa de recursos naturais: 117 países em todo o mundo estão lidando com mercados criminosos significativos relacionados ao tráfico e à exploração da fauna, da flora ou de recursos não renováveis. Em 36 países - na África, na Ásia e nas Américas - esses crimes ambientais são criticamente altos, ressaltando uma crise global. Examinaremos o hotspot amazônico e destacaremos as ligações complexas entre a degradação ambiental, a captura do Estado por entidades criminosas e a erosão do estado de direito.

A crise da autoridade do Estado: Em muitas regiões, o crime organizado prospera devido ao fracasso dos atores estatais em promover políticas públicas e manter o controle. O que essa fraqueza do monopólio do Estado sobre a violência significa para as comunidades locais e para os esforços climáticos globais? Exploraremos abordagens inovadoras para a reforma do setor de segurança, em que os atores locais propõem novas definições de segurança que atendam às diversas realidades culturais e ambientais.

A última fronteira: A Amazônia, a Bacia do Congo, na África, e as áreas remanescentes de florestas tropicais preservadas do Sudeste Asiático são as últimas fronteiras na luta contra a mudança climática. À medida que essas áreas protegidas são invadidas pelo crime organizado, o mundo enfrenta uma ameaça tripla: perda de patrimônio cultural, colapso da biodiversidade e redução dos sumidouros naturais de carbono que são essenciais para a mitigação do clima.

Este evento pretende ser mais do que uma discussão - é um pontapé inicial para a cooperação global entre atores ligados ao combate às mudanças climática e a comunidade de especialistas sobre segurança pública. Pesquisadores, formuladores de políticas públicas e defensores do meio ambiente se reunirão para debater formas de preencher as lacunas das políticas e lançar novas iniciativas coletivas. Junte-se a nós para explorar como podemos recuperar as zonas ambientais das redes criminosas e restaurar o equilíbrio entre governança, biodiversidade e resiliência climática.

Moderação: Dra. Regine Schönenberg, Fundação Heinrich Böll - Rio de Janeiro

Introdução: Simon Ilse, Unidade Global de Segurança Humana – Fundação Heinrich Böll 

Painelistas:

Dr. Roberto Araújo, Pesquisador Sênior do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), Pará

Carla Suarez, Coordenadora do Programa Crimes Ambientais - UNODC. 

Kristina Amerhauser, ECO-SOLVE, Iniciativa Global contra o Crime Organizado Transnacional (GITOC)

Berit Bliesemann de Guevara, professora de política internacional na Aberystwyth University e pesquisadora principal da AHRC-GCRF Network Plus “Creating Safer Space: Strengthening Civilian Protection Amidst Violent Conflict” (Fortalecimento da proteção civil em meio a conflitos violentos)

🗓 Data: 15 de novembro

⏰ Horário: 10h - 11h30 (Horário do Rio de Janeiro)

📍 Transmissão ao vivo pelo YouTube ou pelo Zoom

🇧🇷 O evento em inglês terá tradução para o português