No dia 6 de novembro, o parlamento alemão votará moção do Partido Verde da Alemanha para revogar o Acordo Nuclear Brasil-Alemanha de 1975 por isso movimentos anti-nucleares do Brasil enviaram uma carta aos parlamentares alemães pedindo apoio à moção.
Já houve em maio de 2014 uma primeira tentativa de votar para o fim do acordo que não conseguiu a maioria necessária no Bundestag, parlamento federal da Alemanha. O acordo tem renovação automatica por cinco anos, caso não seja cancelado dentro do prazo que terminará em 18 de novembro. O tratado previa originalmente a construção de oito usinas nucleares: a primeira foi Angra 2 e a construção de Angra 3 foi abandonada, sendo retomada pelo governo Lula.
O governo alemão decidiu fechar todas as suas usinas nucleares até 2022, mas continua exportando a tecnologia nuclear. Este deve ser o motivo principal pelo qual o governo quer manter o acordo, condenado pelos movimentos antinucleares no Brasil e pela Fundação Heinrich Böll
A carta dos movimentos critica também a "irresponsabilidade do governo brasileiro (que) decidiu construir Angra 3 com um orçamento inicial de R$4bilhões, mas que hoje já chega a R$14bilhões. O investimento é de bancos públicos (BNDES, CEF), que segundo os signatários da carta, poderiam aplicar os mesmos recursos em energias renováveis e no atendimento de necessidades básicas, como saúde saneamento.
Além da revogação do acordo, a moção do PV alemão defende a cooperação bilateral exclusivamente na área da expansão das energias renováveis e convida o governo brasileiro para assinar o protocolo adicional do Tratado para a Eliminação das Armas Nucleares.
Veja a íntegra da carta que a Articulação Antinuclear Brasileira e a Coalizão por um Brasil Livre de Usinas Nucleares enviaram aos parlamentares alemães e a todas as bancadas partidárias no parlamento alemão:
Carta de apoio à revogação do Acordo Nuclear Brasil Alemanha em português
Carta de apoio à revogação do Acordo Nuclear Brasil Alemanha em Alemão
Você também pode apoiar a campanha pela revogação do Acordo Nuclear Brasil-Alemanha aqui.
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