Impactos da expansão das monoculturas para a produção de bioenergia
Anuncia-se o fim da era do petróleo. O fim da queima de combustíveis fósseis é, por si só, uma boa nova para a humanidade e para a atmosfera da Terra: uma opor tunidade para reduzir o aquecimento global. O chamado efeito estufa, sabemos, não é no entanto o único problema ambiental com que nos defrontamos. Assim como os problemas ambientais não são o único desafio para o Brasil e o mundo. Os biocombustíveis – álcool da cana-de-açúcar, o biodiesel da mamona, dendê, soja e o carvão vegetal – surgem como alternativa não só mais limpa, mas também capaz de gerar renda para o trabalhador no campo e, assim, promover a justiça social. Grande disponibilidade de terras e clima favorável fazem com que o Brasil possa a vir a ser grande beneficiário da nova era da história da energia, que já começou.
ou sustentáveis, novos padrões de produção e de consumo precisam ser adotados. E, do cultivo à comercialização, a agricultura familiar deve ocupar o papel principal. Contrastando com o modelo devastador do agronegócio, novas práticas econômicas sociais e ambientais vêm sendo ensaiadas. Caso recebam o estímulo necessário, elas podem se transformar no combustível para a democracia e a justiça social que o Brasil tanto precisa.