Os moradores protestaram contra o lixo atômico e em defesa da vida. As 13 carretas que transportavamm o material radioativo saíram de São Paulo e hoje (16) se encontram em um batalhão da Polícia Militar, em Guanambi (BA), onde também a população local já está protestando.
Em Caetité, todos estão em estado de alerta e decididos a impedir a entrada das carretas com a carga atômica. A preocupação agora é quanto ao caminho alternativo que está sendo buscado pelo comboio. São estradas de acesso à mina que não oferecem condições de segurança, expondo ainda mais a população ao risco de um possível acidente.
As organizações envolvidas no protesto solicitaram explicações e providências ao ministro da Ciência e Tecnologia, ao governador da Bahia, à ministra do Meio Ambiente, ao presidente do Ibama, à Diretoria de Licenciamento Ambiental, ao superintendente do Ibama - Bahia, à Secretaria de Meio Ambiente do Estado da Bahia, à Comissão Nacional de Energia Nuclear, às Indústrias Nucleares do Brasil, à Polícia Federal, aos Ministérios Públicos Federal e Estadual. Nenhuma resposta foi dada até o momento.
O prefeito de Caetité, José Barreira, compareceu ao local da manifestação e declarou publicamente que não sabia da carga, afirmando que não permitirá que seja descarregada sem antes ter conhecimento do tipo de material transportado e os riscos que oferece à população.
O protesto foi uma iniciativa da Comissão Paroquial de Meio Ambiente de Caetité, da Comissão Pastoral da Terra, da Cáritas Brasileira e do Movimento Paulo Jackson - Ética, Justiça, Cidadania.
Fonte: Comissão Pastoral da Terra Sul/Sudoeste