Cidade olímpica para quem?

Praça Mauá
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Praça Mauá, Centro do Rio

Os Jogos Olímpicos levarão para o Rio cerca de 500 mil pessoas. Esta informação pode levar facilmente um leitor desavisado a pensar em geração de emprego, aumento do turismo, investimento em esporte e um legado que pode tornar a vida dos moradores da cidade anfitriã muito melhor, em relação à mobilidade urbana, às decisões sobre os gastos, à criação de equipamentos públicos, entre outros índices que medem a qualidade de vida de uma população. Mas será que é só isso o que está acontecendo na Cidade Olímpica? Denúncias da sociedade civil e de parte da imprensa também apontam um conjunto de questões que estão reforçando um modelo de cidade-negócio que acirra desigualdades e configura violações de direitos.

Em meio a tantas contradições, a Fundação Heinrich Böll convidou pesquisadores, ativistas, jornalistas e representantes de Ongs de defesa de direitos para discutirem as consequências e os problemas ligados a preparação da cidade para os Jogos 2016. O resultado é o "Dossiê: Jogos Olímpicos 2016," disponível em português, alemão e em breve em inglês, uma coletânea de 12 artigos, vídeos, infográficos e estudos onde são analisados temas como a despoluição da Baía de Guanabara, mobilidade urbana, transparência e gastos, o caso da Vila Autódromo, desigualdade de gênero no esporte e segurança pública.